terça-feira, 7 de agosto de 2012

BRT Transbrasil e Novo Autódromo Internacional do Rio

Agenda do Mandato - Na última semana, a vereadora Sonia Rabello protocolou requerimentos de informação para as secretarias de Obras, Transporte e Urbanismo sobre o projeto executivo do BRT Transbrasil.

Nos documentos, a parlamentar destacou a preocupação com os impactos sobre as comunidades atingidas pelo empreendimento e questionamos a falta de publicidade de dados sobre o projeto. 

Sobre as possíveis remoções para a construção da via,  foram solicitadas informações sobre os custos, projetos e locais para a realocação dos moradores e estudos de alternativas para a realocação das comunidades.

Requerimento SMU / Requerimento SMO

Autódromo de Deodoro
 
O novo Autódromo Internacional do Rio de Janeiro, planejado para ser instalado em Deodoro, também foi motivo de um requerimento de informação à Autoridade Olímpica Municipal.

Autora do pedido, a vereadora Sonia Rabello questiona a falta de publicidade sobre o projeto, principalmente no que se refere aos impactos sobre a vegetação, a topografia e as comunidades no entorno do empreendimento.

Foram requeridos dados sobre o projeto básico apresentado ao INEA para o processo de licença prévia; a planta com a concepção do projeto apresentada na reunião da vistoria técnica promovida pelo Ministério Público Estadual, em junho deste ano; o projeto urbanístico para o entorno e as imediações do Autódromo; e o levantamento de comunidades afetadas pelas obras do empreendimento, especificando as extensões territorias das intervenções a serem realizadas.

Requerimento EOM

Um comentário:

Anônimo disse...


O PROJETO OLÍMPICO

O Projeto Olímpico propõe a destruição do Autódromo Nelson Piquet na Barra da Tijuca, a construção de um parque olímpico naquele local e a de um novo autódromo no bairro proletário de Deodoro, em um terreno hoje Verde.
Ora! A construção do Parque Olímpico em Deodoro representaria, aí sim, um legado útil para a cidade, por um terço do custo e do desmatamento!
Os futuros atletas olímpicos virão das classes menos favorecidas, como sempre foi, pois a classe média alta da Barra frequenta, no máximo, uma academia chique com ar condicionado alguns dias da semana, se tanto!
As instalações construídas no terreno do atual autódromo para o PAN estão às moscas, com exceção da Arena HSBC(?!) que é eventualmente utilizada para shows musicais(!?). À população da redondeza, e principalmente ao pessoal das comunidades, a entrada é proibida!

A transação com as construtoras, que financiariam parte do Parque Olímpico ficando com o terreno para depois construir um condomínio de classe média alta, num local já saturado de projetos deste tipo, poderia muito bem servir para construir o dobro de unidades em habitações populares onde elas são realmente necessárias, em Deodoro.
Isto sem falar nas centenas de famílias de baixa renda que a Prefeitura pretende remover das proximidades do autódromo atual, em primeiro lugar porque suas casas e suas crianças são feias e não podem aparecer na televisão p'ro mundo todo ver, e depois porque pelo valor do metro quadrado de terreno naquele local, ainda mais depois da Olimpíada, não é admissível p'ra classe média baixa, quiçá proletária...

Pelo que entendi do que li nos jornais a Câmara de Vereadores acaba de aprovar uma verba de R$ 19.900.000,00 para a aquisição “direcionada” de um terreno para reassentar os moradores da Vila Autódromo. No entanto o projeto inglês aprovado para a construção do Parque Olímpico preserva a Vila Autódromo, em sua maior parte, exatamente no mesmo local onde ela hoje está. Resta então saber:
I) Para que a verba???
II) Será que a Prefeitura pretende executar realmente o projeto aprovado??? Ou temos aí um projeto inglês para brasileiro ver???

Ainda sobre o projeto inglês e o seu legado:

I) O projeto prevê a destruição da parte da Vila Autódromo localizada próximo ao atual Clube de Ultraleves (cerca de 100 residências), destinando essa mesma área a uma futura Área Residencial!? Mais nobre, com certeza! Quem poderá pagar por um apartamento na Barra com BRT à porta? Quem vai lucrar muuuuuuito com isso?
II) O projeto prevê também a destruição do próprio Clube de Ultraleves, destinando sua área a um Clube de Iatismo!? Mais chique, com certeza! Mas para os Iates chegarem ao Oceano gastaremos mais algumas centenas de milhôes de reais para elevar as pontes no caminho, pois por baixo das atuais só passam as canoas dos pesca-dores artezanais... Ou quem sabe fazer um novo canal ligando a Lagoa de Jacarepaguá ao oceano... Quem vai lucrar muuuuuuito com isso?
III) Toda essa destruição tendo em vista um Evento de repercussão mundial, com certeza, mas com duração de menos de um mês, ao custo de muitos bilhôes de reais e muitos milhares de vidas deses-truturadas, para dizer o mínimo! Será que não dá para reduzir esse custo? Quem vai, no final das contas, pagar essa conta???