1. Recebi, abaixo, um filme que mostra um cenário triste de candidatos de São Paulo (parece que são de lá). Por isso a indagação: quem quer ser político?
Talvez muita gente queira. Mas, para quem não tem cara de pau, o caminho pode ser doloroso.
Talvez muita gente queira. Mas, para quem não tem cara de pau, o caminho pode ser doloroso.
2. Falo isto com tranqüilidade, pois não sou candidata nestas eleições. Estou aliviada de não “estar em campanha”. Minha primeira, e única experiência até agora foi nas eleições de 2008, para Vereança no Rio. Foi uma decisão repentina, e por isso mesmo sem uma prévia avaliação da dureza que vinha pela frente.
3. Achei que, como professora que sou há mais de 30 anos seria moleza falar, me expor. Nada a ver. Para que não tem cara de pau é dolorosíssimo, pois sente-se no ar, quase sempre, a pergunta: “o que você está fazendo aí, neste meio?”
4. Mas isto é o de menos. Nas campanhas ou se gasta dinheiro próprio, ou tem-se que “passar o pires” para ter apoio financeiro que, suspeito, nunca saem de graça. Quase nunca, na nossa sociedade, ele é oferecido (eu mesma nunca havia oferecido apoio financeiro a nenhum candidato).
Particularmente eu tive sorte, na campanha de 2008, pois pude contar com a adesão voluntária de muitos amigos que se prontificaram colaborar com a divulgação da campanha. Mas, independente da ajuda, fica por sua própria conta os inúmeros expedientes burocráticos junto à Justiça Eleitoral, com certificações, conta bancária especial, recibos, comprovantes, prestações de contas intermediárias e finais pela internet, declarações de patrimônio pessoal entregue e escancarado a quem interessar possa. Tudo, a princípio, sob suspeição, já que toma-se como quase certo que todos que querem se aventurar em se candidatar a legislador, ou a chefe do executivo, sendo políticos, são suspeitos, até que provem em contrário.
5. Quem é que tendo outros interesses quer ter fôlego para esta gincana eleitoral, tudo por um ideal? Ou isto é a “praça” de quem não tem nada a perder?
Por isso dá para entender o triste filme eleitoral. Eles devem até achar engraçado, e divertido, aparecerem assim na televisão. Pior é que muitos eleitores também...
PS: Aviso aos meus eleitores: nesta não sou candidata, mas ainda estou na luta. Não desisti do ideal!
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