1. Nesta semana, no Rio, a Prefeitura está licitando a concessão dos serviços de transporte público urbano feito por meio das inúmeras linhas de ônibus da Cidade; são elas que transportam, diariamente, os milhares de passageiros, que vão e voltam do trabalho, dos estudos, do lazer para suas casas. O prazo da concessão a ser dada, segundo informações, é de 20 anos, renovável igual período!
2. Também foi noticiado o debate sobre o trajeto do Metrô, ainda na Zona Sul da cidade, em direção à Barra, sob os auspícios do Governo do Estado.
3. Volta ao noticiário a duplicação da Avenida Niemeyer, com a construção de uma terceira pista sobre o costão rochoso, para “desafogar” o trânsito para Barra.
4. Por outro lado iniciam-se as desapropriações para construção de novas e extensas artérias rodoviárias na Cidade, como “Transcarioca”.
5. Surpreendentemente, um emenda aditiva da Comissão do Plano Diretor, que se quer aprovar para a Cidade, num piscar de olhos, assim se refere (fls 27 DCM):
“Leis específicas estabelecerão normas gerais e de detalhamento do planejamento urbano relativas às seguintes matérias, observadas as diretrizes fixadas nesta Lei Complementar:
(...)
VIII – Plano Municipal integrado de Transportes, e regulamento do sistema de transporte público de passageiros.”
6. Fica a pergunta que não quer calar: se não há ainda o Plano integrado de transportes, nem regulamento para o sistema de transporte público de passageiros, como licitar concessões tão longas, e programar obras tão dispendiosas? Afinal, já estamos caminhando para o final do segundo ano de governo (...).
7. Se o planejamento continuar uma ficção, sempre planejando o planejamento, sem correlação alguma com a prática de governo, e sem cobrança alguma a respeito, tudo custará muito caro à população. Além, óbvio, de se ter os mesmos serviços públicos desintegrados e, portanto, com funcionalidade e custos indesejáveis.
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