segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A "MAQUIAGEM" DE UM HOSPITAL ESTADUAL NO RIO

1.  Em visita ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Zona Norte do Rio, o candidato a governador Fernando Gabeira se deparou com inúmeros problemas, infelizmente, comuns a outras unidades de Saúde da região. O maior deles, sem dúvida, a ausência de neurocirurgiões. Várias pessoas relataram que esperam por uma cirurgia de três a seis meses, dependendo do caso.

2.  Por ter agendado a visita, a surpresa. Durante a madrugada do mesmo dia, segundo os próprios funcionários, foi mobilizada uma "força-tarefa" para lavar o hospital e transportar pacientes de um andar para outro. Neste processo houve a retirada, inclusive, de pacientes tuberculosos que foram colocados junto com outros, numa flagrante irregularidade.

3.  Nada disso adiantou. As denúncias  de uma série de deficiências que existem no hospital foram expostas publicamente, de acordo com relatos de pacientes e profissionais do HGV. Assista o vídeo estarrecedor. Pior é que é só um entre vários casos semelhantes.



Só para relembrar mais uma notícia sobre o estado crítico da Saúde no Rio:

4.  "O Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, instaurou na terça-feira, 13 de julho de 2010) inquérito civil público para apurar as denúncias de irregularidades na aquisição, pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (SESDEC), de medicamentos e insumos para hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais. O Ministério Público não descarta propor ação civil pública contra a Secretaria.

A SESDEC terá que informar, em 30 dias, o total anual de recursos empregados para aquisição de medicamentos e insumos, a parcela que corresponde às aquisições sem licitação com a devida motivação e os dados relativos aos medicamentos adquiridos e às empresas fornecedoras.

A reincidência das chamadas "aquisições emergenciais", sem licitação, e a suspeita de superfaturamento de preços nos medicamentos adquiridos dessa forma motivaram a abertura do procedimento.
Do total de mais R$ 500 milhões gastos pela Secretaria estadual de Saúde só com medicamentos e material médico-hospitalar para hospitais e UPAs em 2009, 13,7% correspondem a compras feitas sem licitação, sob a alegação de eram aquisições emergenciais. Por causa disto, o governo pagou um preço mais alto pelos produtos, como foi denunciado nesta segunda-feira, em reportagem do `RJ-TV´, da Rede Globo. O levantamento, feito com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira Para Estados e Municípios (Siafem), por meio de notas de empenho de 2009, mostra que a secretaria dispensou a licitação em compras que somam R$ 81.116.902.
Todas as compras feitas pela Secretaria foram autorizadas pelo então subsecretário de Saúde, Cesar Romero Vianna Júnior.
Ele foi exonerado depois do escândalo de superfaturamento no contrato de manutenção de carros de combate à dengue. César Romero é primo de Verônica Vianna, mulher do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

No mês passado (junho/2010), o deputado estadual Marcelo Freixo (PT) entrou com um pedido de abertura de CPI na Assembleia Legislativa (Alerj) para investigar o superfaturamento e aditivos irregulares em contratos celebrados pela Secretaria Estadual de Saúde. Um das denúncias envolve a empresa Toesa Service Ltda, que faz a manutenção das ambulâncias do estado . O contrato, assinado por Cesar Romero, estabelecia que, pela manutenção preventiva de 122 ambulâncias, a Toesa receberia R$ 5.391.126, o que dá R$ 44.189 por cada uma. A Fundação Nacional de Saúde paga R$ 5.794 por cada uma de suas 195 ambulâncias. E o governo de São Paulo, R$ 1.644."

Fonte: Com informações do Jornal "O Globo"

Apesar de se tratar de suspeitas, o caso preocupa ...

Afinal, o atendimento é um caos no serviço público de saúde.

Abrimos, em nosso site, um novo espaço para os registros de abandono dos hospitais públicos que apontamos aqui:  Hospital São Francisco de Assis, Hospital do Fundão (a ser demolido), Hospital do IASERJ (com demolição prometida), só para exemplificar!

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