quarta-feira, 1 de junho de 2011

ILHA DO GOVERNADOR: VILA OLÍMPICA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO?

Estamos caminhando para o dia 5 de junho, Dia do Meio Ambiente, e para a semana do Meio Ambiente, que se comemora em seguida ao dia 5. Com a aprovação do anticódigo florestal pela Câmara dos Deputados, infelizmente, estamos de luto parcial. Parcial porque ainda resta a esperança de o Senado o rejeitar. Será? Milagres acontecem.

Mas temos também que agir localmente. É o que diz a Agenda 21: pensar global, agir local. Todos já começam a falar no evento internacional que acontecerá no Rio, no ano que vem: a Rio+20 (não deixem de ver o programa do André Trigueiro que vai ao ar esta semana...). E, por isto, aqui e agora, falaremos das nossas "pequenas" agressões domésticas ao meio ambiente.

Como se não fosse nada, vamos comendo pelas beiras o que resta das áreas de proteção, tudo a pretexto de qualquer coisa. Agora, tudo é justificado pelos mega eventos Olímpicos e Copísticos.

A Ilha do Governador, mal tendo conseguido descartar um terminal pesqueiro, numa área residencial, perto do cone do aeroporto, tem de enfrentar, agora, a proposta de construção de uma Vila Olímpica dentro de uma APARU (Área de Preservação Ambiental), uma das primeiras do Rio, às margens do Rio Jequiá.

Este blog recebeu denúncias de moradores, já preocupados com o desmatamento à beira do Rio, que já começou. Apuramos a localização, e vejam abaixo as conclusões a que chegamos. Se forem confirmadas nossas informações, vamos à luta, mais uma vez, para termos outra opção para a Vila Olímpica, conciliada com proteção do Meio Ambiente, Direito Fundamental Constitucional de todos os cidadãos! 


"O projeto, marcado com linha amarela, de fato, fica totalmente dentro da APARU, conforme descreve o decreto 12.250 de 1993. O projeto está ao longo do Rio Jequiá, marcado com linha vermelha. Portanto não está respeitando a lei ambiental federal que prevê 30 metros de cada lado, e menos ainda a lei municipal e o Plano Diretor sobre APARU. Devemos cobrar isso dentro de uma área urbana? Antes de entrar na área da APARU, o rio está canalizado e cercado de construções, como os rios do resto da cidade. Agora, o risco de enchente, pelo menos, deveria ser considerado. Qual o histórico de enchentes no local onde está previsto um grande investimento?

Em relação à mata existente, marquei com linha de cor verde o local onde há vegetação densa, o restante sendo de vegetação rala ou mesmo grama, nos campos de futebol. Qual seria a posição da SMAC (Secretaria de Meio Ambiente) em relação a essa intenção de desmatar uma área protegida, mesmo que pequena?

Enfim, é muito difícil ser coerente. Há momentos em que se quer passar por cima de legislação incômoda, em nome de uma solução fácil para um projeto popular. E depois, quando acontecer de a vila olímpica ficar debaixo d'água e der prejuízos, o que poderá ser dito?



4 comentários:

Anônimo disse...

Veja no meu blog :
http://gomesalex.wordpress.com

um local alternativo para essa obra

Sonia Rabello disse...

obrigada pelo comentário aditivo!

resgato disse...

Um absurdo essa obra, revoltante!

edimar disse...

Eu sou a favor dessa obra, espero que seja concluida logo.