O desencontro entre as opiniões do prefeito Paes e do governador Cabral sobre a possível relocação da Rodoviária do Rio em Irajá nos faz perguntar:
1. O que o governador tem a ver com a Rodoviária do Município do Rio ?
2. A localização da dita rodoviária será fruto da opinião pessoal que têm esses governantes sobre o assunto, ou é objeto de um plano rodoviário articulado, embora ainda não conhecido?
A segunda pergunta parece ser mais fácil de responder: se há algum plano rodoviário, ele ainda não se deu a conhecer. Há afirmativas do prefeito de que a nova proposta de rodoviária em Irajá se articulará melhor com as “Trans” em execução.
Se isto é verdade, documentos ou estudos não o comprovam, já que não foram revelados à população. As novas opções podem ser melhores, ou não. Somente o Plano Viário da Cidade pode comprovar. Mas onde ele está? Será que a Cidade o tem?
Se o tem, cabe revelá-lo, com urgência, ao público, aos cidadãos, para que não se tenha a impressão de que as opções sobre transporte coletivo são feitas na base de palpites circunstanciais.
Quanto à primeira pergunta, a resposta é histórica e amarga. Trata-se do duro tratamento autoritário ao qual a Cidade foi submetida, em 1974, quando da fusão do Estado do Rio com o Estado da Guanabara.
À época, a destinação dos bens da Cidade foi determinada por decreto-lei do Governador nomeado, Faria Lima. Se este nada destinasse especificamente à Cidade, tudo pertenceria ao Estado. E ele muito pouco destinou à Cidade.
A segunda pergunta parece ser mais fácil de responder: se há algum plano rodoviário, ele ainda não se deu a conhecer. Há afirmativas do prefeito de que a nova proposta de rodoviária em Irajá se articulará melhor com as “Trans” em execução.
Se isto é verdade, documentos ou estudos não o comprovam, já que não foram revelados à população. As novas opções podem ser melhores, ou não. Somente o Plano Viário da Cidade pode comprovar. Mas onde ele está? Será que a Cidade o tem?
Se o tem, cabe revelá-lo, com urgência, ao público, aos cidadãos, para que não se tenha a impressão de que as opções sobre transporte coletivo são feitas na base de palpites circunstanciais.
Quanto à primeira pergunta, a resposta é histórica e amarga. Trata-se do duro tratamento autoritário ao qual a Cidade foi submetida, em 1974, quando da fusão do Estado do Rio com o Estado da Guanabara.
À época, a destinação dos bens da Cidade foi determinada por decreto-lei do Governador nomeado, Faria Lima. Se este nada destinasse especificamente à Cidade, tudo pertenceria ao Estado. E ele muito pouco destinou à Cidade.
Destinou-lhe sua enorme rede de ensino fundamental, a maior do Brasil, e seus hospitais. Mas reservou ao Estado os serviços e espaços rentáveis. E neste enorme bojo que ficou para o patrimônio estadual, por mais incrível que pareça, ficou a rodoviária do Município como bem do Estado, dentro da CODERTE! Injustiça imensa que, apesar dos Governos amigos e coordenados, ainda não foi corrigida.
Agora, com a celeuma criada, a justiça deve ser feita à Cidade. Ao Rio sua rodoviária, seja onde for !
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