quarta-feira, 4 de maio de 2011

Imóvel histórico sofre com o abandono no Centro do Rio


Uma imagem que constrata a beleza de um frontão neoclássico e o abandono por parte das autoridades competentes no Centro do Rio. Assim pode ser descrita a situação do prédio que abrigava a antiga sede do Automóvel Club do Brasil, na Rua do Passeio, no Centro do Rio.

A exemplo da já comentada destruição da capela do Palácio Universitário da UFRJ, na Praia Vermelha, recentemente, várias outros prédios históricos ainda sofrem com o abandono na cidade.

No referido edifício são visíveis dezenas de pichações, rachaduras e infiltrações. Segundo um zelador do local, o fato preocupa, já que a ameaça de desabamentos no interior do imóvel é uma constante.

Casa noturna - Na gestão municipal anterior o edifício foi desapropriado e o objetivo - inclusive veiculado na mídia - seria o de se instalar no local uma casa noturna; um club de jazz com biblioteca virtual, bar com ambientes de época e um espaço de memória.

O projeto seria viabilizado através de um proponente privado. E, na época, março de 2008, foi designada uma comissão, através de decreto, para avaliar a melhor entre as sete propostas apresentadas para a ocupação do prédio, em resposta a um edital da prefeitura. A expectativa era de que as obras durassem um ano, com inauguração prevista ainda em 2009.

A proposta vencedora incluiria um investimento de R$ 28 milhões na recuperação do edifício. Entretanto, segundo publicações recentes, houve desistência dos interessados e o projeto voltou à estaca zero.

Abrigo e "banheiro público" - Inaugurado em 1860 com um baile ao qual compareceu Dom Pedro II, o prédio 90 da Rua do Passeio já foi residência do Barão de Barbacena e sede da Sociedade de Baile Assembleia Fluminense, da Sociedade Cassino Fluminense e do Automóvel Clube no Brasil, além de palco para o último discurso do então presidente João Goulart antes do golpe de 1964.

Tombado pelo Inepac, o imóvel de três andares abrigou o Bingo Imperial até 2003, antes de fechar as portas e abrir caminho para o abandono e a decadência.

Hoje, o edifício que carrega parte da história do Centro do Rio afoga-se na degradação. À noite, por exemplo, a pequena escadaria do imóvel serve de "cama" para moradores de rua ou mesmo banheiro de frequentadores da noite da região.

A expectativa é de que surjam propostas de patrocínio, gestão e ocupação do local. Por enquanto, tudo no papel, ainda (...)

Veja mais do frontão do imóvel aqui.

Um comentário:

AffonMike@ disse...

Autoridades competentes neste Rio de Janeiro?! Nunca ouvi falar delas.... E quando resolvem tombar por decreto um patrimônio, É PARA DEIXÁ-LO TOMBAR MESMO!!!