O Hospital Central do IASERJ, que funciona no Centro do Rio, na Rua Henrique Valadares, recebeu ontem ofício do atual Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Cortês (o que estava na foto com Cabral em Paris), comunicando que o Diretor daquele hospital central estaria autorizado a fazer a "transferência dos serviços assistenciais ambulatoriais prestados (...) e dos servidores lotados na mencionada Unidade para o Iaserj/Maracanã".
O documento (ofício) do Secretário é uma ordem disfarçada? Por que "autorizo", e não determino?
Audiência pública na Alerj |
Estaria o Secretário de Saúde fugindo à responsabilidade funcional pela segurança dos pacientes lá internados, e pelos que estão sendo diuturnamente atendidos naquela unidade hospitalar?
O art.88 da Constituição Estadual diz, explicitamente, que o IASERJ é uma das entidades de prestação de "assistência previdenciária e social aos servidores públicos estaduais (...) em suas diferentes modalidades" (...).
Como então fechar o meio - o hospital - que possibilita para atingir o fim?
A demolição é um ato ilegal ! |
O hospital central do IASERJ foi construído com recursos descontados dos servidores do Distrito Federal, dos servidores do Estado e do Município.
Como que, por efeito de uma decisão política, poderia ser doado (sob o nome de cedido) o patrimônio do Instituto, que é do servidor, a outro instituto de saúde federal?
Ilegalidades e ilegitimidade permeiam este ato-intenção de determinadas autoridades estaduais.
Agora, em audiência pública da ALERJ, servidores públicos do Estado e do IASERJ contestam esta decisão. E a Justiça é o caminho, além da política.
2 comentários:
Do mesmo jeito fizeram com os prédios que pertenciam aos ex-AIPs, os governantes pegaram os prédios e os distribuiram, esqueceram-se que eles foram construídos com o dinheiro dos segurados da Previdência tais como: industriários, comerciarios, ferroviários, etc. Os governantes julgam-se donos do patrimônio construídos com o dinheiro alheio. Dinah Pinheiro
Doutora Sonia Rabello,
Tenho a impressão de que o dinheiro da saúde pública é mais facilmente desviável.
Não fosse assim, vários municípios da Baixada Fluminense não estariam fechando hospitais e os substituindo por um simples posto de saúde, munido de uma ambulância, com o tanque cheio, para que os pacientes sejam transportados para os hospitais de Petrópolis.
Aqui, por sua vez, também desassistidos e jogados "ao Deus dará", alguns têm a sorte de sobreviver à incompetência médica reinante, à falta de administração das instituições hospitalares e à bagunça em que se transformou a atenção com a saúde do povo.
No entanto, gastam-se fortunas com campanhas de dengue, doação de sangue, distribuição de remédios gratuitos e propagandas de inaugurações de postos do SUS.
Infeliz daquele que depender desses verdadeiros antros de descaso e deboche com a vida alheia.
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