Sou pré-candidata à reeleição, para a vereança no Rio, pelo PV, em 2012.
Será uma eleição difícil para os vereadores que não estão no acordão da “base” do prefeito atual, já que não estão inseridos no círculo da graça dos favores políticos, conferidos à custa da gestão de serviços públicos regulares.
Mas, o papel desses políticos independentes é outro. É discutir e negociar ideias e ideais para a gestão da cidade: uma nova forma de fazer política! E isto depende, primordialmente, dos eleitores que acreditarem que isto é ainda possível, e irmos à luta.
Começamos o ano com as primeiras notícias sobre as eleições, com a imprensa mencionando números da corrida para o cargo de Prefeito. Mas, prefeito depende de vereador para governar. É a chamada base parlamentar. Quando ele não a tem, pode acontecer, quiçá, uma negociação de ideias, ao invés de uma imposição do gênero “quero assim, e pronto”!
Negociações políticas (de ideias, ou não) podem ser feitas antes, durante, ou após as eleições.
Quando se diz que o prefeito do Rio já articula uma base de mais de 16 partidos (!) de apoio mútuo para a sua reeleição em 2012, custa a crer que todos esses partidos têm ideias comuns com a política governamental.
Aliás custa a crer que haja, na cidade, diferenciação ideológica suficiente para termos 16 partidos na base. Logo, o que os une ao governo executivo municipal são os interesses nas trocas de gestão dos serviços públicos.
Portanto, o que une a atual gestão executiva à sua base parlamentar é o agregado de projetos diferenciados, sem qualquer base conceitual, sem nenhuma ideologia. Daí a possibilidade de se unir partidos tão diversos entre si, que no Rio, abandonaram suas bases e ideais em troca de quinhões de poder, ou de domínios de territórios na cidade (e nisto se incluiu, infelizmente, o PT do Rio!).
A troca se dá, na Câmara, pelo compromisso de votar sempre, nos projetos que o executivo mandar, e da forma que ele determinar. Sem pensar.
Se esta situação é, hoje, majoritária na Câmara do Rio, a única forma de mudar não é tanto pela eleição do prefeito, mas da base parlamentar. Aumentar o número de vereadores independentes dos favores do executivo é essencial para se poder melhorar a qualidade das leis que regulam os interesses urbanísticos, ambientais, e de gestão dos serviços públicos da cidade.
Hoje, o número de vereadores “independentes” do comando do executivo é de mais ou menos de 6 a 8 vereadores, dentre os 51, variando para mais ou menos, dependendo da votação! Logo, o chefe do executivo aprova o que quiser. O custo político é que pode variar, para mais ou para menos!
Portanto, para preparar a eleição parlamentar municipal de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, é que estaremos, durante este ano, concentrados em preparar, através desta mídia, informações sobre a gestão da cidade, e sua relação com o legislativo.
E, nos concentraremos, especialmente, nos seguintes temas: urbanismo (sobretudo nos temas da habitação, e espaços públicos urbanos), meio ambiente e preservação do patrimônio cultural da cidade, e na gestão de serviços públicos (sobretudo nas áreas de sua profissionalização, independência, e carreiras).
Informar é essencial para conhecer. E conhecer é essencial para ter cidadania urbana: o cidadão com poder de participar nas discussões sobre o futuro da sua cidade.
2 comentários:
Vereadora, a dificuldade maior, é que, o executivo não nos ouvem. Falamos para o deserto. É por isso, que precisamos de vereadores compromissados com a Cidade do Rio de Janeiro, mesmo que sejam meia dúzia, mas que dá pra fazer um barulho,e mostrarmos que nós não estamos mortos. Estamos em tudo que é lugar, e como tal, aonde tiver um túnel com uma nesga de LUZ, avançar. Ocupar trincheiras, e não esmorecer nunca.
Nunca... E, como disseram os bombeiros em 2011: "unidos somos fortes"..
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