Lançamento da Campanha "O Maraca é nosso", no último sábado (14.01) |
Será que cabe ao Governo do Estado definir o destino do nosso estádio - do nosso Maraca? E ainda decidir a destruição de equipamentos desportivos já construídos no local com dinheiro público?
Ou este é um planejamento que é de responsabilidade de quem planeja a cidade? Da Prefeitura! Do Município?
Dia 13 de janeiro de 2012, última sexta-feira, a Secretaria de Estado da Casa Civil publicou no Diário Oficial do Estado um edital para que empresas privadas realizem estudos de viabilidade para a implantação de uma chamada “parceria público-privada”, para a concessão à iniciativa privada da exploração econômica do complexo do estádio do Maracanã; traduzindo: privatização do mais famoso estádio público do mundo, símbolo da Cidade do Rio de Janeiro!
Dentre os itens do edital, dois se destacam: a realocação da pista de atletismo e do Parque Aquático para dar espaço à construção de um estacionamento com pelo menos 2 mil carros, e um centro comercial – ambos de acordo com as solicitações da FIFA para a Copa; e o tratamento acústico do Maracanãzinho para o recebimento de “grandes shows e eventos musicais”.
A pista e o Parque Aquático, recentemente reformados para oPan 2007, seriam demolidos e realocados. Não fica claro, pelas notícias, se para até 5 km de distância – segundo uma correção feita pela imprensa – ou, se para pelo menos 5 km de distância, como consta no edital.
Na página da SUDERJ, consta que essa última reforma do Parque (a ser demolido) foi realizada ao custo de R$ 10 milhões de reais. Além disso, ambos espaços são utilizados, intensamente, pela população local, e são o berço de vários dos atletas brasileiros hoje conhecidos no circuito internacional – como Fernando Scherer e Gustavo Borges.
Aparentemente, da mesma maneira que foram “ignorados” os quase R$ 200 milhões gastos para a reforma do Maracanã, esses R$ 10 milhões também o serão.
Ou este é um planejamento que é de responsabilidade de quem planeja a cidade? Da Prefeitura! Do Município?
Dia 13 de janeiro de 2012, última sexta-feira, a Secretaria de Estado da Casa Civil publicou no Diário Oficial do Estado um edital para que empresas privadas realizem estudos de viabilidade para a implantação de uma chamada “parceria público-privada”, para a concessão à iniciativa privada da exploração econômica do complexo do estádio do Maracanã; traduzindo: privatização do mais famoso estádio público do mundo, símbolo da Cidade do Rio de Janeiro!
Dentre os itens do edital, dois se destacam: a realocação da pista de atletismo e do Parque Aquático para dar espaço à construção de um estacionamento com pelo menos 2 mil carros, e um centro comercial – ambos de acordo com as solicitações da FIFA para a Copa; e o tratamento acústico do Maracanãzinho para o recebimento de “grandes shows e eventos musicais”.
A pista e o Parque Aquático, recentemente reformados para oPan 2007, seriam demolidos e realocados. Não fica claro, pelas notícias, se para até 5 km de distância – segundo uma correção feita pela imprensa – ou, se para pelo menos 5 km de distância, como consta no edital.
Na página da SUDERJ, consta que essa última reforma do Parque (a ser demolido) foi realizada ao custo de R$ 10 milhões de reais. Além disso, ambos espaços são utilizados, intensamente, pela população local, e são o berço de vários dos atletas brasileiros hoje conhecidos no circuito internacional – como Fernando Scherer e Gustavo Borges.
Aparentemente, da mesma maneira que foram “ignorados” os quase R$ 200 milhões gastos para a reforma do Maracanã, esses R$ 10 milhões também o serão.
Pela imagem aérea, é possível observar que, eliminando o Parque Aquático e a Pista, o entorno do Maracanã ficará livre para a implantação de empreendimentos “rentáveis” do ponto de vista do comércio, do dinheiro - Ele, sempre Ele, o dinheiro -, como os descritos acima.
Isso permitiria à concessionária privada rentabilidade o ano todo, em detrimento do investimento social no esporte; e, com a destruição do que já foi construído em nome doesporte, e está sendo usufruído pela população! Uma ironia do destino – já que tudo é feito em nome de dois mega eventos desportivos!
Ressalte-se ainda que os equipamentos que não serão úteis para a Copa serão removidos. Será que não seria possível utilizá-los nas Olimpíadas? Ou a FIFA e o COI, novos planejadores de cidade, são os que sabem, e determinam o que é melhor para a nossa cidade? Manda um em 2014, e o outro em 2016. E o planejamento seria vender em 2015?
Será que cabe ao Governo do Estado definir o destino do nosso estádio - do nosso Maraca? E ainda decidir a destruição de equipamentos desportivos já construídos no local com dinheiro público? Ou este é um planejamento que é de responsabilidade de quem planeja a cidade? Da Prefeitura! Do Município!
Estará o Governo do Estado do Rio interferindo na Cidade, e planejando entregar seu planejamento à iniciativa privada, sob o olhar complacente da Prefeitura?
E o que é pior. A iniciativa privada planeja, e nós pagamos – a conta e as consequências.
Veja abaixo um estudo esquemático das possibilidades de relocação dos equipamentos desportivos propostos para destruição!!!
Esse é um estudo muito impreciso dos bairros onde poderiam estar localizadas as instalações esportivas – pista e parque aquático. Apenas para referência.
O que dá para depreender é que, com os equipamentos esportivos sendo removidos e podendo ser localizados em qualquer dos 29 bairros – levando-se em conta apenas o edital, há uma grande chance que a população servida pelos novos equipamentos seja outra, e que a que hoje os utiliza seja sumariamente privada de sua utilização.
A área de 5 km abrange cerca de 29 bairros:
Nas áreas de Planejamento 1, 2 e 3
AP1 (todos os bairros menos Paquetá):
1. Saúde
2. Gamboa
3. Santo Cristo
4. Caju
5. Centro
6. Catumbi
7. Rio Comprido
8. Cidade Nova
9. Estácio
10. São Cristóvão
11. Mangueira
12. Benfica
14. Santa Teresa
Na AP2:
17. Laranjeiras
19. Cosme Velho
32. Praça da Bandeira
33. Tijuca
34. Alto da Boa Vista
35. Maracanã
36. Vila Isabel
37. Andaraí
Na AP 3:
39. Manguinhos
51. Jacaré
53. Del Castilho
57. São Francisco Xavier
58. Rocha
59. Riachuelo
60. Sampaio.
O que dá para depreender é que, com os equipamentos esportivos sendo removidos e podendo ser localizados em qualquer dos 29 bairros – levando-se em conta apenas o edital, há uma grande chance que a população servida pelos novos equipamentos seja outra, e que a que hoje os utiliza seja sumariamente privada de sua utilização.
A área de 5 km abrange cerca de 29 bairros:
Nas áreas de Planejamento 1, 2 e 3
AP1 (todos os bairros menos Paquetá):
1. Saúde
2. Gamboa
3. Santo Cristo
4. Caju
5. Centro
6. Catumbi
7. Rio Comprido
8. Cidade Nova
9. Estácio
10. São Cristóvão
11. Mangueira
12. Benfica
14. Santa Teresa
Na AP2:
17. Laranjeiras
19. Cosme Velho
32. Praça da Bandeira
33. Tijuca
34. Alto da Boa Vista
35. Maracanã
36. Vila Isabel
37. Andaraí
Na AP 3:
39. Manguinhos
51. Jacaré
53. Del Castilho
57. São Francisco Xavier
58. Rocha
59. Riachuelo
60. Sampaio.
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