quarta-feira, 23 de junho de 2010

CAPANEMA NO FUNDO DO POÇO!

1.  Aconteceu ontem: o desastre com o elevador de um dos prédios mais importantes do Brasil, o Palácio Gustavo Capanema (RJ), símbolo da arquitetura modernista no mundo.  Desabou no poço!  Felizmente, a única passageira, a ascensorista teve apenas leves contusões.  

2.  Os elevadores do Palácio Capanema há anos estão ruindo, como também o edifício histórico, tombado como patrimônio nacional pelo IPHAN, candidato à patrimônio da humanidade.  Mas tudo isto parece ser blá, blá, blá, pois é festa para políticos.  Seriedade e compromisso com a conservação parece ser nenhum.  O prédio está desabando há anos.  Mas recursos para museus novos tem... obras novas...

3.  Neste mesmo dia, outro desconsolo: pilastras do hospital do Fundão, no Rio, causam instabilidade no prédio, que ameaça desabar.  Um prédio que levou 28 anos para construir, e está, pelas informações, vazio há 30 anos!  E, por isso, por estar vazio e sem uso, suas estruturas não foram conservadas.  Agora se fala em sua demolição!

4.  Afora isto, o Hospital São Francisco de Assis, no centro do Rio, hospital universitário também da UFRJ, também tombado pelo IPHAN, continua a atender a população em meio a um mundo de degradação.  (vejam mais no nosso site).

5.  Três casos escabrosos de desleixo de todas as autoridades: federais, estadual e municipal, pois os bens são públicos, e atendem a população da cidade e do Estado.  Uma omissão que atenta contra a moralidade administrativa, princípio este consagrado no artigo 37 da Constituição Federal.  Tudo isto ocorre, enquanto se licita mais uma reforma do Maracanã, orçada em 720 milhões de reais!

Se isto não é improbidade por omissão, o que é então?  Nossa esperança é o Ministério Público Federal.  Esperamos sua ação!

Um comentário:

Philot disse...

É a minha opinião em relação aos órgãos relacionados ao patrimônio que dizem ser radical. Eu considero um ABSURDO que se faça um escândalo tão grande como os mocinhos do Iphan fazem quando querer tomar alguma edificação e NINGUÉM pensa da onde vai sair verba pra manter aquilo em pé.