Hoje, foi publicada, no Diário Oficial do Município, por sanção do prefeito Eduardo Paes, a lei complementar 123/2012, que concede ao BC mais quatro andares para a construção do seu novo prédio na Área Especial Interesse Urbanístico da Região do Porto do Rio de Janeiro, considerada de interesse para a "Proteção do Ambiente Cultural dos Bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo - APAC DE SAGAS".
Tesouros arqueológicos têm sido encontrados nas obras da região do Porto |
Um pouquinho (de desrespeito à regra geral) não faz mal ?
Faz sim. Nossa posição é o respeito absoluto, por todos, ao que a Constituição Federal diz, no seu art.5º, inc. I: "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações"... .
Traduzindo: a lei não pode criar direitos especiais para uns, que não sejam iguais aos direitos de todos. É o princípio máximo de igualdade de tratamento pela lei: o princípio básico da isonomia.
A prefeitura quis fazer um agrado à atual diretoria do Banco Central, às custas do princípio da isonomia, dizendo que era para construção da nova sede do BC. Mas, o Banco Central funciona, e muito bem, na sua tradicional, e ótima sede na Presidente Vargas.
Terreno do futuro prédio do Banco Central |
E os funcionários do BC no Rio são totalmente contrários a gastar mais R$ 40 milhões, aditando um contrato já de R$ 80 milhões (Engefort Engenharia), para mudar o que está funcionando perfeitamente bem.
Agora, com a lei sancionada, virá o aditamento contratual ?
Resta a palavra do IPHAN, responsável final pela Paisagem Cultural da Humanidade. E, por que não, do povo carioca, inconformado com a regra do jeitinho, a regra do "um pouquinho (de desrespeito) não faz mal"...
2 comentários:
Vereadora, mais uma absurdo. Para variar a lei deve ser seguida somente pelos que não tem amigos poderosos. Precisamos de lei neste país? Os jornais estão cheios de exemplos de autoridades que abrem exceção para quem detem o poder da carteira de dinheiro e do talão de cheques. Uma vergonha
Vereadora, legislar por excessoes, de forma casuística, com certeza fere os direitos de todos nos cidadãos! Mas uma ressalva deve ser feita nesse caso - a área do Porto não esta incluída na Paisagem Cultural reconhecida da Cidade.
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