segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ÁGUA: O ENGARRAFAMENTO E O LIXO!

Após voltar das "férias" de carnaval, encontrei em minha caixa de correio duas mensagens com um mesmo tema: o custo ambiental e financeiro das garrafas pets, que engarrafam a água mineral e refrigerantes. O que as notícias enviadas demonstram é que este recipiente, feito à base do petróleo, é ruim para a saúde, pois expele resíduos tóxicos, e não tem aproveitamento final obrigatório, entulhando, aos milhões, aos trilhões, os vazadouros de lixo, o mar, as águas, as ruas de cidades e países inteiros, sobretudo os mais pobres.
O Senegal, onde estive recentemente, país africano cuja libertação do colonialismo francês data de 1960, é marcado pelo lixo nas ruas, de plásticos e de pets. Lá, as pessoas lutam para ter roupas, comida, sapato, habitação, mas lixo plástico eles tem "aos montes", tomando todas as ruas chafurdadas por cabras.

O lixo se acumula nas ruas do Senegal

Quem produziu este lixo não tem nenhuma responsabilidade legal? Como construir esta responsabilidade?

Mais lixo às margens do rio

Lago Rosa / Senegal


A conquista da "tecnologia e do conforto", neste caso, é como armazenar água em um balde furado. Só serve ao capitalista mercantilista, através de um sistema que só tem compromisso com a venda do produto, e não com seu destino final.
Nossa legislação ainda não está preparada para cobrar do produtor deste lixo, desnecessariamente produzido, o seu custo financeiro, social e ambiental.
O capitalismo mercantilista é mais rápido, através do discurso da produção com sinônimo de riqueza. E não é. Quem paga a conta somos nós.
A reação é necessária, e o convite é que para este ano, consumamos o mínimo possível de líquidos em garrafas pets.
Do lado jurídico, falta a construção nacional, e internacional, da responsabilidade industrial do destino do lixo plástico. Pensemos em como fazer!
Veja este vídeo, enviado pelo Arqto. Alfredo Britto (obrigada!). O vídeo retrata muito bem a necessidade de estamos atentos ao problema em questão:




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