Após voltar das "férias" de carnaval, encontrei em minha caixa de correio duas mensagens com um mesmo tema: o custo ambiental e financeiro das garrafas pets, que engarrafam a água mineral e refrigerantes. O que as notícias enviadas demonstram é que este recipiente, feito à base do petróleo, é ruim para a saúde, pois expele resíduos tóxicos, e não tem aproveitamento final obrigatório, entulhando, aos milhões, aos trilhões, os vazadouros de lixo, o mar, as águas, as ruas de cidades e países inteiros, sobretudo os mais pobres.
O Senegal, onde estive recentemente, país africano cuja libertação do colonialismo francês data de 1960, é marcado pelo lixo nas ruas, de plásticos e de pets. Lá, as pessoas lutam para ter roupas, comida, sapato, habitação, mas lixo plástico eles tem "aos montes", tomando todas as ruas chafurdadas por cabras.
Quem produziu este lixo não tem nenhuma responsabilidade legal? Como construir esta responsabilidade?
Mais lixo às margens do rio
Lago Rosa / Senegal
A conquista da "tecnologia e do conforto", neste caso, é como armazenar água em um balde furado. Só serve ao capitalista mercantilista, através de um sistema que só tem compromisso com a venda do produto, e não com seu destino final.
Nossa legislação ainda não está preparada para cobrar do produtor deste lixo, desnecessariamente produzido, o seu custo financeiro, social e ambiental.
O capitalismo mercantilista é mais rápido, através do discurso da produção com sinônimo de riqueza. E não é. Quem paga a conta somos nós.
A reação é necessária, e o convite é que para este ano, consumamos o mínimo possível de líquidos em garrafas pets.
Do lado jurídico, falta a construção nacional, e internacional, da responsabilidade industrial do destino do lixo plástico. Pensemos em como fazer!
Veja este vídeo, enviado pelo Arqto. Alfredo Britto (obrigada!). O vídeo retrata muito bem a necessidade de estamos atentos ao problema em questão:
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