O Rio de Janeiro foi a capital do Brasil por séculos. Depois que a Capital mudou-se para Brasília houve um brutal esvaziamento das atividades de serviços, não só públicos, mas também os privados que gravitavam em volta dos serviços públicos.
Por décadas, o Rio procura se recompor, buscar seu rumo de desenvolvimento.
As Olimpíadas representam um fator de busca, porém elas se realizam por uns 10 a 20 dias somente. Contudo, outros orgãos culturais federais, como o IPHAN, a FUNARTE, e os Museus Federais de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, entre outros, são atividades expressivas que há décadas funcionam no Rio, mas que o Governo Federal vem, paulatinamente retirando daqui.
Quanto aos museus, como não podem retirar os prédios daqui, e, por enquanto seus acervos, criaram uma autarquia que os administra lá de Brasília. A FUNARTE, no ano passado, anunciou a transferência para lá, e o IPHAN, este coitado, há décadas tenta sobreviver com sua direção em um prédio alugado (e condenado) no planalto central, enquanto o Palácio Capanema, considerado monumento da Humanidade, cai aos pedaços no Rio. Aqui, no IPHAN do Rio, ainda estão os técnicos, e lá em Brasília, os cargos de chefia! Aqui a tribo, lá os caciques! E a política, naturalmente....
O Rio não precisa de discurso, nem só de atividades de 10 dias, mas de reconhecimento de sua capacidade de fazer o que tem expertise : cultura, por exemplo. Não desmontem os serviços federais do Rio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário